Rogério Tolomei Teixeira, mais conhecido por seu nome artístico Rogério Skylab (Rio de Janeiro, 2 de setembro de 1956), é um cantor, compositor, violonista, letrista, escritor, poeta, ensaísta, colunista, ator, músico, ex-apresentador de televisão, ex-bancário e produtor de discos brasileiro.
Rogério Skylab | |
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Skylab em 2021 | |
Nome completo | Rogério Tolomei Teixeira |
Nascimento | 2 de setembro de 1956 (67 anos) Rio de Janeiro, RJ, Brasil |
Cônjuge | Solange Venturi (c. 1983) |
Ocupação | |
Carreira musical | |
Período musical | 1991–presente |
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Página oficial | |
rogerioskylab |
Algumas de suas composições mais notáveis são "Matador de Passarinho", "Motosserra", "Dedo, Língua, Cu e Boceta", "Eu Chupo Meu Pau", "Surruba Alienígena", "Lava as Mãos" e as censuradas "Câncer no Cu", "Fátima Bernardes Experiência" e "Chico Xavier & Roberto Carlos".
Rogério Tolomei Teixeira nasceu no Rio de Janeiro em 2 de setembro de 1956, e é de ascendência italiana e portuguesa. Formou-se em Letras e em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, e também iniciou um curso de Direito, mas nunca o concluiu. Antes de abraçar a carreira musical, trabalhou como funcionário de uma agência do Banco do Brasil na Zona Norte do Rio, por 28 anos.
Skylab é agnóstico. Desde 1983 ele é casado com a fotógrafa, produtora de discos e artista plástica Solange Venturi. É torcedor fanático do Fluminense Football Club, tendo inclusive feito um cover do hino do clube para o álbum Skylab & Tragtenberg, Vol. 1. Em 2016, foi entrevistado pela FluTV.
Politicamente, Skylab já demonstrou apreço pelo ex-governador do Rio de Janeiro Leonel Brizola (a quem dedicou a canção "O Preto do Brizola", de seu álbum de 2018 O Rei do Cu) e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Afirmou ser "tradicionalmente da esquerda", mas discordante do politicamente correto. "Sou ligado à esquerda e politicamente incorreto". Desde fevereiro de 2019 tem uma coluna no site de notícias Brasil 247.
Em 1991 participou de um festival de música em Juiz de Fora, Minas Gerais; ganhou o prêmio em dinheiro do primeiro lugar com a canção "Samba do Skylab" (da qual retirou seu nome artístico), utilizando-o para financiar a gravação de seu álbum de estreia, Fora da Grei, no ano seguinte; o álbum foi muito bem-recebido pela crítica, e lhe rendeu muitas aparições nos talk shows de Jô Soares Jô Soares Onze e Meia e Programa do Jô ao decorrer dos anos 1990.
Em 1999 Skylab lançou seu segundo álbum (e o primeiro numa série de dez álbuns autointitulados), Skylab. Foi produzido por Robertinho de Recife, mas o músico ficou ligeiramente insatisfeito com o resultado final, alegando que tinha "teclados demais" e que não esteve muito envolvido em sua parte criativa. Seu terceiro álbum, Skylab II (Ao Vivo), foi seu primeiro lançamento ao vivo; comentando sobre, afirmou que "este é 100% Skylab. O outro era 80% Robertinho". Skylab II contou com a participação especial de Löis Lancaster, vocalista do grupo experimental Zumbi do Mato – Lancaster voltaria para o segundo álbum ao vivo de Skylab, Skylab IX, no qual também participaram Maurício Pereira (d'Os Mulheres Negras) e Marcelo Birck (do Graforréia Xilarmônica). Zé Felipe e Marlos Salustiano, respectivamente baixista e tecladista do Zumbi do Mato, colaboraram com Skylab em seu álbum de 2007 Skylab VII, que foi indicado ao Prêmio Dynamite de Música Independente na categoria "Melhor Álbum de Rock"; em 2005, Skylab já ganhara o Prêmio Claro de Música Independente, na categoria "Melhor Álbum de MPB", por Skylab V.
A Série de álbuns "Skylab" parou no Skylab X, pois, no entender de Rogério Skylab, "as bandas deveriam parar de gravar no auge senão correm o risco de ficarem decrépitos como os Stones".
Em 2009, em parceria com o músico Zé Felipe (baixista do Zumbi do Mato), Skylab lança seu primeiro álbum colaborativo, Rogério Skylab & Orquestra Zé Felipe. Nas palavras de Skylab, trata-se de "um trabalho experimental".
Em 2009, Skylab lança o álbum Skygirls, segundo o próprio "ligado ao eletrônico e que bebe na fonte de bandas como ‘Stereolab’".
Depois do lançamento de Skylab X, Skylab pôs de lado sua sonoridade experimental para trabalhar na "Trilogia dos Carnavais", mais focada em gêneros típicos brasileiros como o samba, a bossa nova e a MPB. A trilogia é composta por Abismo e Carnaval, Melancolia e Carnaval e Desterro e Carnaval, e teve as participações de uma vasta gama de músicos, entre eles Jorge Mautner, Jards Macalé, Arrigo Barnabé, Romulo Fróes, Fausto Fawcett e Michael Sullivan. Sobre o Melancolia e Carnaval, o crítico musical Regis Tadeu teceu o seguinte comentário:
Entre 2016 e 2018 colaborou com Livio Tragtenberg numa outra trilogia de álbuns. (Skylab & Tragtenberg – vol. 1, Skylab & Tragtenberg – vol. 2, e Skylab & Tragtenberg – vol. 3)
Esta parceria ainda rendeu um álbum ao vivo, Skylab & Tragtenberg – Ao Vivo no Estúdio Showlivre.
Em 15 de novembro de 2017 Skylab disponibilizou por intermédio de serviços de streaming como o Deezer, Spotify e iTunes um pequeno EP, intitulado Skylab (EP), de três faixas, que conta com a participação da dupla paulistana de noise rock/música experimental Farme&Hixizine e do músico eletrônico carioca Cadu Tenório. Das três faixas do EP, apenas uma ("Bocetinha de Cocô") foi escrita por Skylab; as outras duas ("Let's Play That" e "Pra Dizer Adeus") são poemas de autoria de Torquato Neto musicados por outros artistas, respectivamente Jards Macalé e Edu Lobo.
Em 7 de março de 2018, Skylab anunciou que começou a trabalhar num novo álbum de estúdio, intitulado O Rei do Cu, lançado em 17 de maio de 2018. Mais tarde, em 2 de abril, postou em sua página oficial no SoundCloud um trecho de uma das canções que seriam incluídas no álbum, "Dedo no Cu e Gritaria". Numa postagem em sua página do Facebook ele veio a elaborar que O Rei do Cu seria a primeira parte de uma nova trilogia, a "Trilogia do Cu". A segunda parte, Nas Portas do Cu, foi lançada em 1º de janeiro de 2019. A terceira parte, Crítica da Faculdade do Cu, foi lançada em 20 de dezembro de 2019.
Skylab publicou seu primeiro livro, a coletânea de sonetos Debaixo das Rodas de um Automóvel, em 2006 pela Editora Rocco. No ano seguinte, fez uma participação, através de um relato, no livro Zappa: Detritos Cósmicos, de Fabio Massari. Em 2020 publicou a antologia de ensaios Lulismo Selvagem pela Kotter Editorial, que também relançou Debaixo das Rodas de um Automóvel depois de muitos anos fora de catálogo.
De 2012 a 2014 apresentou o talk show Matador de Passarinho no Canal Brasil.
Em 2017 estreou como ator de cinema, interpretando o Professor de História no filme de Fabrício Bittar Como se Tornar o Pior Aluno da Escola, baseado no livro epônimo de Danilo Gentili.
Seu estilo musical único é caracterizado pelo minimalismo e pelo ecletismo, e suas letras são permeadas de alusões mordazes à cultura popular, pessimismo, escatologia, niilismo e humor ácido (ele, porém, sempre negou com veemência que suas canções possuem fins cômicos). O crítico musical Regis Tadeu assim o definiu: "Skylab é um exemplo inteligente de como dois elementos – “baixarias” e “sacanagens” – podem funcionar e fazer pensar. Unindo um esquisito lirismo politicamente incorreto levado a graus verborrágicos extremos a um som frequentemente pesado e intenso, Skylab destila sua acidez mórbida com uma fisionomia tão insana quanto divertida".
Já afirmou que “Um dos temas fundamentais do meu trabalho é você poder interpretar de uma forma e o outro cara de uma forma completamente diferente”. “Eu não sou Geraldo Vandré.”
Conhecido por suas vastas influências musicais e literárias, alguns de seus escritores favoritos são Machado de Assis, João Cabral de Melo Neto, Clarice Lispector, Jorge Luis Borges, Rubens Figueiredo, Milton Hatoum e Cristóvão Tezza. Musicalmente, foi influenciado por Arrigo Barnabé, Os Mulheres Negras, Graforréia Xilarmônica, Zumbi do Mato, Frank Zappa, Júpiter Maçã e Daminhão Experiença; seu álbum de 2002 Skylab III foi dedicado a Daminhão.
As capas dos discos do Skylab são sempre polêmicas, pois versam sobre morte, violência, asco e estranhamento, Sobre isso, ele disse: “São duas maneiras de tratar o tema do absurdo que se diferenciam muito. Gosto também do nonsense ligado à linguagem e que passa por Beckett, Joyce e Lewis Carroll. Enfim isso dá pano pra manga”.
Ano | Título | Papel |
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2017 | Como se Tornar o Pior Aluno da Escola | Professor de História |
Ano | Título | Papel |
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2012–2014 | Matador de Passarinho | Ele mesmo (apresentador) |
Skylab venceu, em 2005, o Prêmio Claro de Música Independente na categoria Melhor Álbum de MPB, com o álbum Skylab V. Ele também seria indicado, três anos depois, ao Prêmio Dynamite de Música Independente, na categoria Melhor Álbum de Rock, pelo álbum Skylab VII.
Como adição, os álbuns Skylab II, Skylab IV e Skylab V figuram na lista "Os 200 maiores álbuns brasileiros dos anos 2000" do site La Cumbuca. Eles figuraram nas posições 24, 42, e 71, respectivamente.
Ano | Prêmio | Indicação | Trabalho | Resultado | Ref. |
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2005 | Prêmio Claro de Música Independente | Melhor Álbum de MPB | Skylab V | Venceu | |
2008 | Prêmio Dynamite de Música Independente | Melhor Álbum de Rock | Skylab VII | Indicado |
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