Reductio ad Hitlerum, também conhecida como argumentum ad Hitlerum, reductio (ou argumentum) ad Nazium – latim macarrônico para redução (da argumentação) a Hitler (ou aos nazistas) – é uma moderna lógica falaciosa.
A expressão reductio ad Hitlerum foi cunhada pelo filósofo político Leo Strauss, em 1950. A adoção dessa expressão também é conhecida como uso da carta do nazismo.
O argumento carrega um forte peso emocional e retórico, uma vez que em muitas culturas qualquer relação com Hitler ou nazistas é automaticamente condenada. A tática é muitas vezes utilizada para desqualificar argumentos ou mesmo utilizada quando não há mais argumentos, e tende a produzir efeitos mais agressivos do que racionais nas respostas, desviando o foco do oponente. Um subtipo dessa falácia é a comparação das intenções de um oponente com o Holocausto. Outras variantes incluem comparações com Gestapo (a polícia secreta nazista), fascismo, totalitarismo e até mais vagamente com o terrorismo.
Foi criado até um corolário, a Lei de Godwin, segundo a qual "quanto mais dura uma discussão na Usenet, maior a probabilidade de que apareça uma comparação com os nazistas ou com Hitler."
Ou, de forma invertida:
A expressão reductio ad Hitlerum ficou conhecida por ter aparecido primeiramente no livro Direito Natural e História, do professor da Universidade de Chicago Leo Strauss. É dito no capítulo 2:
Na sequência deste movimento em direção ao seu fim nós inevitavelmente deveremos alcançar um ponto além do qual a cena é obscurecida pela sombra de Hitler. Infelizmente, isso não será feito sem dizer que, na nossa análise, é preciso evitar a falácia que nas últimas décadas tem sido frequentemente utilizada em substituição ao reductio ad absurdum: o reductio ad Hitlerum. Uma opinião não é refutada pelo fato de ocorrer que ela tenha sido compartilhada por Hitler.
A expressão foi derivada do bem conhecido (e algumas vezes válido) argumento lógico denominado reductio ad absurdum. A variante de argumentum empresta sua forma do nome de várias falácias clássicas, como o argumentum ad hominem. A variante ad Nazium também pode ser derivada, humoristicamente, de argumentum ad nauseam.
O uso freqüente desse tipo de comparação durante discussões na época da Usenet levou à formulação de um adágio intitulado Lei de Godwin, cunhado por Mike Godwin em 1990, o qual postula que as analogias envolvendo Hitler e os nazistas tornam-se cada vez mais prováveis de serem utilizadas quanto maior o tempo de discussão online.
O conceito por trás do reductio ad Hitlerum também é frequentemente explorado pela mídia. Exemplos:
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