O Podemos (PODE), originalmente chamado Partido Trabalhista Nacional (PTN), é um partido político brasileiro de Direita.
A legenda tem sido comandada pela família Abreu (Dorival de Abreu, José Masci de Abreu e Renata Abreu) desde sua fundação em 1995. Em 2016, mudou seu nome para "Podemos" inspirado no slogan da campanha de Barack Obama à presidência dos EUA, "sim, nós podemos" (em inglês: "yes, we can"); oficializado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em maio de 2017.
Podemos | |
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Número eleitoral | 20 |
Presidente | Renata Abreu |
Vice-presidente | Pastor Everaldo |
Secretário-geral | Luiz Cláudio Freire de Souza França |
Tesoureiro-geral | José Carlos Oliveira Melo |
Fundação | 5 de março de 1995 (29 anos) |
Registro | 2 de outubro de 1997 (26 anos) |
Sede | Lago Sul, Brasília, Distrito Federal |
Ideologia | Conservadorismo liberal Anteriormente: Janismo Trabalhismo |
Espectro político | Direita |
Ala de juventude | Podemos Jovem |
Ala negra | Podemos Afro |
Ala feminina | Podemos Mulher |
Fusão | Incorporou o PHS e o PSC |
Membros (2024) | 808.915 filiados |
Governadores (2024) | 0 / 27 |
Prefeitos (2020) | 219 / 5 568 |
Senadores (2024) | 7 / 81 |
Deputados federais (2024) | 15 / 513 |
Deputados estaduais (2022) | 48 / 1 024 |
Vereadores (2020) | 3 038 / 56 810 |
Cores | Verde Azul |
Slogan | "Juntos Podemos." |
Sigla | PODE |
Página oficial | |
podemos | |
Política do Brasil |
Em dezembro de 2018, o partido incorporou o Partido Humanista da Solidariedade (PHS). Em 2022, iniciou o processo de incorporação do Partido Social Cristão (PSC), realizando convenção conjunta em dezembro do mesmo ano. Em 16 de junho de 2023, a incorporação foi homologada pelo TSE. Com a incorporação, seu número eleitoral passou a ser 20.
Em março de 2024 possuía 808.915 filiados, sendo o nono maior partido brasileiro.
O PTN foi fundado em 25 maio de 1995, ganhando o registro provisório no mesmo ano. Obteve o registro definitivo em 2 de outubro de 1997, tendo sido dirigido pelo ex-deputado do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB, 1945-1965) Dorival de Abreu. A agremiação pretendia recriar o Partido Trabalhista Nacional (1945-1965), partido que veio a eleger Jânio Quadros, fundado, na origem, por uma dissidência nacionalista do PTB "getulista".
Nas eleições de 1998, lançou como candidata à presidência sua secretária geral, Thereza Ruiz, obtendo votação superior a 100 mil votos e ficando em 10º lugar.
Em São Paulo, apresentou o candidato a governador Fred Corrêa nas eleições de 2006 mas foi derrotado ao obter apenas 4.523 votos e ficar em 14º lugar. Entretanto, elegeu 6 deputados estaduais no país.
Entre 2008 e 2012, elegeu 28 prefeitos, 748 vereadores e 6 deputados estaduais.
Após o falecimento de Dorival, seu irmão, o ex-deputado federal José de Abreu, dirigiu a legenda até 2013, sendo substituído pela sua filha, a também deputada federal Renata Abreu.
No pleito de 2014, elegeu 4 deputados federais, sendo eles: João Carlos Bacelar Batista (BA), Christiane Yared (PR), Edson Moreira (MG) e Renata Abreu (SP). Na época, também elegeu 14 deputados estaduais mas manteve um desempenho eleitoral pouco significativo.
Devido sua pouca projeção, a sigla que era tradicionalmente trabalhista e nacionalista, gradualmente acomodou seu programa às novas preferências políticas, passando a também agremiar nomes mais à direita e adotar uma perspectiva conservadora liberal. Nesse liame, com a janela partidária no início do ano de 2016, vários parlamentares trocaram de legenda e o destino de alguns deles foi o PTN que, à época, passou a ter 13 deputados federais. Ainda como PTN, obteve o maior crescimento proporcional no número de prefeituras nas eleições de 2016.
Em maio de 2017, o então "Partido Trabalhista Nacional" foi autorizado a mudar de nome e passou a ser denominado "Podemos". A mudança foi uma tentativa de modernização devido à crise político-econômica de 2014. Baseado em pesquisas e estudos de consultorias, a organização foi renomeada por inspiração no mote "sim, nós podemos" (yes, we can) da campanha de Barack Obama à presidência dos EUA em 2008 e sem qualquer relação com o partido espanhol homônimo. A essa época, a bancada do partido foi caracterizada como de centro-direita com parlamentares conservadores pelo presidente do diretório estadual na Bahia, João Carlos Bacelar Batista, enquanto que a nova organização buscaria o centrismo, segundo seus dirigentes.
Ainda em 2017, passou a ter representatividade no Senado Federal com a filiação de Alvaro Dias (ex-PV) e de Romário, que havia deixado o Partido Socialista Brasileiro (PSB). Em agosto, o partido recebeu a filiação de José Medeiros (ex-PSD), senador pelo Mato Grosso.
Em virtude da delação da JBS, em 18 de maio do mesmo ano, foi o primeiro partido a abandonar a base aliada do governo Michel Temer, saindo também do bloco partidário do qual integrava ao lado do Progressistas e do Avante (na época chamado de Partido Trabalhista do Brasil, PTdoB), então declarou-se independente em relação ao governo. Posteriormente, fez o mesmo com os deputados estaduais Chiquinho da Mangueira e Jorge Moreira Teodoro, conhecido como Dica, por votarem para livrar os colegas Jorge Picciani, então presidente da Alerj, Paulo Melo e Edson Albertassi da prisão, sendo estes alvos da Operação Cadeia Velha. Por fim, expulsou o deputado Alexandre Baldy após o mesmo aceitar o cargo de ministro das cidades no governo do então presidente Michel Temer.
Como candidato à presidência nas eleições de 2018, lançou Alvaro Dias. Para acompanhá-lo, Paulo Rabello de Castro, um ex-presidente do BNDES e do IBGE, foi escolhido como candidato a vice-presidente. No pleito da campanha, foi defendido um pacto social para refundar a República, o aumento de investimentos nos setores de educação, além de uma reforma tributária e política do país.
Em 21 de dezembro de 2018, incorporou o PHS.
Nas eleições municipais de 2020, elegeu 1.524 vereadores e 99 prefeitos, entre os quais, seu primeiro prefeito de uma capital: Eduardo Braide em São Luís, Maranhão. Em 2021, o partido passou a filiar importantes nomes, dissidentes do governo de Jair Bolsonaro, como o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro e o general Santos Cruz.
Em 2022, o partido conseguiu superar a cláusula de barreira nas eleições gerais.
Em 22 novembro de 2022, foi anunciada a incorporação do PSC ao Podemos, para que o primeiro continuasse recebendo o fundo partidário e tivesse acesso ao tempo de propaganda eleitoral na televisão e rádio. A convenção conjunta dos partidos, que formalizou a incorporação, foi realizada em 8 de dezembro de 2022. Em 16 de junho de 2023, o TSE homologou a incorporação. De início, a incorporação seria uma fusão, com a criação de um novo partido Podemos com o número eleitoral 20. Em 5 de março de 2024 foi oficializada a mudança do número eleitoral, deixando de ser 19 e passando a ser 20.
Segundo representantes como sua presidente nacional, Renata Abreu, o Podemos não é de esquerda ou de direita, mas "para a frente", defensor de mais participação popular no processo de tomada de decisões.
O partido defende uma democracia participativa por meio de mais mecanismos de democracia direta no Brasil, seja através de plebiscitos e referendos (como proposto na PEC 330/2017, de autoria de Renata Abreu, que propõe que a cada eleição o povo possa votar em mais do que candidatos, mas também em temas importantes de interesse da maioria), veto popular (como defende a PEC 331/2017, também de Renata Abreu, que pretende incluir na constituição o direito do povo de vetar leis já aprovadas) ou direito de revogação (conforme propõem a PEC 37/2016, de Alvaro Dias, e a PEC 332/2017, de Renata Abreu).
Na análise clássica das ciências políticas, é definido como estando entre o centro e a direita por englobar, em sua ideologia, a defesa da distribuição de renda, da política verde, dos direitos da mulher, do liberalismo econômico moderado contrário a medidas como privatização de empresas estratégicas, do voto facultativo, do desarmamento civil e de políticas de prevenção ao uso de drogas. Ademais, por ter adotado uma postura anticorrupção após sua renovação em 2017, é favorável ao fim do Foro Privilegiado, à prisão em segunda instância, à transparência com contas/contratos públicos, à Operação Lava-Jato e contra o aumento do fundo eleitoral e partidário.
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Número de filiados
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Legislatura | Bancada | % | ± |
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50ª (1995–1999) | 0 / 513 | 0,00 | 0 |
51ª (1999–2003) | 0 / 513 | 0,00 | 0 |
52ª (2003–2007) | 0 / 513 | 0,00 | 0 |
53ª (2007–2011) | 0 / 513 | 0,00 | 0 |
54ª (2011–2015) | 0 / 513 | 0,00 | 0 |
55ª (2015–2019) | 4 / 513 | 0,77 | 4 |
56ª (2019–2023) | 11 / 513 | 2,14 | 7 |
57.ª (2023–2027) | 12 / 513 | 2,33 | 1 |
Os números das bancadas representam o início de cada legislatura, desconsiderando, por exemplo, parlamentares que tenham mudado de partido posteriormente.
Participação e desempenho do PODE nas eleições estaduais de 2022 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Candidatos majoritários eleitos. Em negrito estão os candidatos filiados ao PODE durante a eleição.
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Participação e desempenho do PODE nas eleições estaduais de 2018 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Candidatos majoritários eleitos (7 governadores e 11 senadores). Em negrito estão os candidatos filiados ao PODE durante a eleição.
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Ano | Imagem | Candidato(a) à presidência | Candidato(a) à vice-presidência | Coligação | Votos | Posição |
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1998 | — | Thereza Ruiz (PTN) | Eduardo Gomes (PTN) | Sem coligação | 166.138 (0,23%) | 10ª |
2010 | Dilma Rousseff (PT) | Michel Temer (PMDB) | Para o Brasil Seguir Mudando | 55.752.529 (56,05%) | 1ª | |
2014 | Aécio Neves (PSDB) | Aloysio Nunes (PSDB) | Muda Brasil | 51.036.040 (48,36%) | 2ª | |
2018 | Alvaro Dias (PODE) | Paulo Rabello de Castro (PSC) | Mudança de Verdade | 859.574 (0,8%) | 9ª | |
2022 | Simone Tebet (MDB) | Mara Gabrilli (PSDB) | Brasil para Todos (MDB, Federação PSDB Cidadania e PODE) | 4.915.423 (4,16%) | 3ª |
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