O Mobilização Nacional (MOBILIZA) é um partido político brasileiro de centro-direita.
Obteve registro permanente em 25 de outubro de 1990 com o nome Partido da Mobilização Nacional (PMN). Em março de possuía 205.825 filiados. Em convenção nacional realizada entre 24 e 25 de julho de 2021, a mudança de nome da agremiação para Mobilização Nacional (MOBILIZA) foi aprovada, sendo homologada no TSE em dezembro de 2023.
Mobilização Nacional | |
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Número eleitoral | 33 |
Presidente | Antonio Massarollo |
Vice-presidente | Glauco Nascimento |
Secretário-geral | Lucas Albano |
Fundador | Celso Brant |
Tesoureiro-geral | Reginaldo Moreira |
Fundação | 21 de abril de 1984 (40 anos) |
Registro | 25 de outubro de 1990 (33 anos) |
Sede | São Paulo, SP |
Ideologia | Nacionalismo brasileiro Reformismo |
Espectro político | Centro-direita à Direita |
Think tank | Fundação Juscelino Kubitschek |
Ala de juventude | Mobiliza Jovem |
Ala feminina | Mobiliza Mulher |
Ala LGBT | Mobiliza Diversidade |
Ala verde | Mobiliza Meio Ambiente e Sustentabilidade |
Membros (2024) | 205.825 filiados |
Governadores (2024) | 0 / 27 |
Prefeitos (2020) | 12 / 5 568 |
Senadores (2024) | 0 / 81 |
Deputados federais (2024) | 0 / 513 |
Deputados estaduais (2022) | 4 / 1 024 |
Vereadores (2020) | 200 / 56 810 |
Cores | Vermelho Branco Preto |
Slogan | "Mobilizar para Mudar." |
Sigla | MOBILIZA |
Página oficial | |
pmn | |
Política do Brasil |
O PMN, segundo seu manifesto de lançamento, foi criado em 21 de abril de 1984 como um movimento nacionalista. Sua transformação em partido político se tornou possível a partir da aprovação em maio de 1985 da Emenda Constitucional nº 25, que, além de legalizar os partidos comunistas, permitiu a apresentação na eleição seguinte de candidatos de partidos ainda em formação. Seu registro definitivo junto ao TSE seria obtido em 25 de outubro de 1990.
Do programa apresentado pelo PMN por ocasião de seu lançamento constavam, entre outros pontos, a realização da reforma agrária, a adoção de uma política externa independente e voltada para o Terceiro Mundo, o rompimento com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a declaração da moratória da dívida externa em conjunto com os demais países da América Latina, a implementação de uma política econômica voltada para a ampliação do mercado interno e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.
Segundo seu manifesto, o partido nascia “com a missão de dar continuidade ao único projeto político da nossa história, a Inconfidência Mineira”. O partido adotou como patrono Tiradentes e como símbolo a bandeira dos Inconfidentes. Definiu-se ainda como um partido defensor da democracia e da soberania nacional com base na “mobilização consciente da população”. Seu primeiro presidente foi o ex-deputado federal Celso Teixeira Brant, cassado pelo regime militar implantado em 1964.
O PMN participou das eleições presidenciais no Brasil em duas oportunidades. Em 1989, lançou Brant como presidenciável, tendo terminado o pleito em décimo-nono lugar, com 109.909 votos (0,15% das intenções de voto). Em 1998, o partido lançou a candidatura do brigadeiro Ivan Moacyr da Frota, que obteve votação maior: 251.337 votos (0,37 % dos votos).
Eventualmente, o partido detém representação parlamentar no Congresso Nacional. Valéria Monteiro foi convidada por um presidente estadual a se filiar ao PMN para concorrer à presidência do Brasil em 2018. No entanto, a convenção do partido abdicou da candidatura própria e de apoiar qualquer outro candidato no primeiro turno, resultando em processos e assim por diante por parte de Valéria Monteiro contra o partido.
Nas eleições parlamentares brasileiras de 2006 o PMN não conseguiu superar a então recém-instituída cláusula de barreira estabelecida pela legislação eleitoral. Em decorrência disto, o partido estudou fundir-se com o Partido Popular Socialista (PPS) e o Partido Humanista da Solidariedade (PHS) para formar um novo bloco partidário, cujo nome adotado foi o de Mobilização Democrática (MD), mas depois que o Supremo Tribunal Federal julgou inconstitucional a cláusula, o bloco foi desfeito e os partidos se separaram.
Novamente, em abril de 2013, o PPS propôs fundir-se ao PMN para formar a Mobilização Democrática (MD), entretanto em 28 de junho de 2013 a executiva nacional do PMN rejeitou a proposta, anulando o processo de fusão.
Nas eleições municipais de 2016, o partido elegeu 28 prefeitos. além de 526 vereadores pelo país. O destaque do partido foi a eleição de Rafael Greca como prefeito de Curitiba, capital do Paraná, após vinte anos afastado.
Nas eleições gerais de 2018, o partido não declarou apoio a algum dos presidenciáveis. Elegeu apenas três deputados federais e seis deputados estaduais, além de ter ajudado a eleger os atuais governadores do Acre, de Alagoas, da Bahia, do Ceará, de Goiás, do Mato Grosso do Sul, da Paraíba e de Pernambuco, além de parlamentares de diversos partidos. Como o PMN não superou a nova cláusula de barreira ao não atingir 1,5% dos votos válidos nas eleições para a Câmara dos Deputados, passou a não ter acesso aos recursos do Fundo Partidário e ao tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão.
Nas eleições municipais de 2020, o partido elegeu 13 prefeitos e 200 vereadores. além de 220 vereadores pelo país, tendo um resultado pior que em 2016. Ao ter recebido apenas 0,16% dos votos válidos para prefeitos no primeiro turno, o PMN ficou entre os partidos que podem tender a não atingir os 2,0% de votos válidos para deputados federais em 2022, esbarrando na segunda etapa da cláusula de barreira.
Em março de 2021 o PMN chegou a ser uma das siglas com as quais o grupo político do presidente Jair Bolsonaro negociou sua entrada, apesar da resistência de membros do PMN. A preferência do presidente era por um partido pequeno onde ele pudesse ter o controle da executiva nacional e dos diretórios.
Parlamentares atuaisNas eleições de 2018, o PMN elegeu três deputados federais — Eduardo Braide (MA), Pastor Gildenemyr (MA) e Zé Vitor (MG) — mas todos trocaram de partido.
| Número de filiados
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Desde a década de 1980, o MOBILIZA usa o triângulo usado pela Inconfidência Mineira; o patrono do partido é Joaquim José da Silva Xavier. No dia 21 de abril de 1986, dia de Tiradentes, foi lançado no sítio de Pombal (onde nasceu o patrono), o Movimento d'A Retomada da Inconfidência, baseada na carta de São João D'el Rey de Oscar Noronha Filho, um dos mais influentes políticos do partido.
Legislatura | Bancada | % | ± |
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49.ª (1991–1995) | 1 / 503 | 0,19 | 1 |
50.ª (1995–1999) | 4 / 513 | 0,77 | 3 |
51.ª (1999–2003) | 2 / 513 | 0,38 | 2 |
52.ª (2003–2007) | 1 / 513 | 0,19 | 1 |
53.ª (2007–2011) | 3 / 513 | 0,58 | 2 |
54.ª (2011–2015) | 4 / 513 | 0,77 | 1 |
55.ª (2015–2019) | 3 / 513 | 0,58 | 1 |
56.ª (2019–2023) | 3 / 513 | 0,58 | 0 |
57.ª (2023–2027) | 0 / 513 | 0,23 | 3 |
Os números das bancadas representam o início de cada legislatura, desconsiderando, por exemplo, parlamentares que tenham mudado de partido posteriormente.
Participação e desempenho do PMN nas eleições estaduais de 2022 | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Candidatos majoritários eleitos. Em negrito estão os candidatos filiados ao PMN durante a eleição.Os cargos obtidos na Câmara Federal e nas Assembleias Legislativas são referentes às coligações proporcionais que o PMN compôs. Tais coligações não são necessariamente iguais às coligações majoritárias e geralmente são menores. Não estão listados os futuros suplentes empossados.
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Ano | Imagem | Candidato(a) a Presidente | Candidato a Vice-Presidente | Coligação | Votos | Posição |
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1989 | Celso Brant (PMN) | José Natan Emídio Neto (PMN) | Sem coligação | 109.909 (0,15%) | 19ª | |
1994 | Leonel Brizola (PDT) | Darcy Ribeiro (PDT) | Força do Povo (PDT e PMN) | 2.015.284 (3,18%) | 5ª | |
1998 | Ivan Frotta (PMN) | João Ferreira da Silva (PMN) | Sem coligação | 251.337 (0,37%) | 5ª | |
2002 | Luiz Inácio Lula da Silva (PT) | José Alencar (PL) | Lula Presidente | 52.793.364 (61,27%) | 1ª | |
2010 | José Serra (PSDB) | Indio da Costa (DEM) | O Brasil Pode Mais | 43.711.388 (43,95%) | 2ª | |
2014 | Aécio Neves (PSDB) | Aloysio Nunes (PSDB) | Muda Brasil | 51.036.040 (48,36%) | 2ª |
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