Emmanuele Del Vecchio (São Paulo, 24 de setembro de 1934 – Santos, 7 de outubro de 1995), conhecido como Del Vecchio, foi futebolista Ítalo-brasileiro.
Informações pessoais | ||
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Nome completo | Emmanuele Del Vecchio | |
Data de nasc. | 24 de setembro de 1934 | |
Local de nasc. | São Paulo, São Paulo, Brasil | |
Nacionalidade | Ítalo-brasileiro | |
Morto em | 7 de outubro de 1995 (61 anos) | |
Informações profissionais | ||
Posição | ex-atacante e ex-treinador | |
Clubes de juventude | ||
1950–1954 | Santos | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos (golos) |
1953–1957 1957–1958 1958–1961 1961–1962 1962–1963 1963–1964 1964–1965 1965–1966 1967–1968 1968–1970 | Santos Verona Napoli Calcio Padova Milan Boca Juniors São Paulo Santos Bangu Atlético-PR | 27 (21) 68 (45) 21 (16) 09 (5) 06 (4) 53 (41) 08 (4) ?? (??) | 152 (117)
Seleção nacional | ||
1956–1957 | Brasil | 8 (3) |
Times/clubes que treinou | ||
1984–1985 1986 | Santos Inter de Limeira |
Descendente de italianos, foi um grande futebolista. Rápido, raçudo, técnico, com visão de jogo privilegiada e goleador implacável. Um jogador completo. Atuou por grandes clubes do Brasil e do Mundo.
Descendente de italianos, filho do senhor Frank Del Vecchio e da senhora Alboccini, Emmanuele Del Vecchio nasceu na cidade de São Paulo, no bairro da Moóca.
Depois de alguns anos, a família se mudou para São Vicente, e o jovem Emmanuele começou a se aventurar no futebol de praia.
Atuou nas categorias de base entre 1951 e 1953, onde foi campeão nas categorias infanto-juvenil, juvenil e amador, e chegou à equipe principal em 1953. no Santos F.C. no mesmo ano. Estreou contra o Bonsucesso, em amistoso realizado na Vila Belmiro em 21 de junho de 1953, e no dia 3 de outubro marcou seu primeiro gol como atleta profissional, na vitória sobre o Comercial de São Paulo por 2–0, pelo Campeonato Paulista, no Estádio Parque Antártica. Del Vecchio fez o segundo gol do Alvinegro, aos 37 minutos do segundo tempo. O outro foi de Orlando, que tinha o apelido de “Orlando Pingo de Ouro”.
No ano seguinte o time santista realizou sua primeira excursão internacional, para a Argentina, e Del Vecchio teve a honra de marcar o primeiro gol do Santos em campos estrangeiros. Assinalou o gol do empate de 1–1 diante do Gymnasia y Esgrima, no Estádio Juan Carmello Zerillo, em La Plata.
Foi bi-campeão do Campeonato Paulista de Futebol dos anos de 1955 (nessa ocasião, foi artilheiro do campeonato, com 27 gols) e 1956, onde marcou 16 gols, dois deles na grande decisão diante do São Paulo. Era um dos principais jogadores do time ao lado de Pepe e Pagão. Poucos anos mais tarde, esse mesmo Santos viria a ser prestigiado no mundo inteiro e considerado por muitos como o maior escrete da história do futebol.
Com a camisa do Alvinegro Praiano, entre 1953 e 1957 (e, posteriormente, em 1965-66), marcou 117 gols em 152 jogos, sendo o 20º artilheiro da história do clube.
Através do Santos, chegou à Seleção Brasileira, onde atuou pela mesma em 8 jogos, entre 1956 e 1957, marcando 1 gol, contra a Seleção de Portugal. Também esteve entre os selecionados para a disputa da Copa América, na edição do ano de 1956, que teve como anfitrião o Uruguai. Ainda pela Canarinho, venceu a Copa Roca no ano de 1957.
No dia 23 de julho de 1957, na Vila Belmiro, durante a partida contra o Benfica, Del Vecchio não participou, mas se envolveu na agressão ao radialista Ernani Franco da Rádio Atlântica, muito querido pela torcida santista e também muito amigo dos dirigentes santistas. Motivo pelo qual o clube negociou sua saída para a equipe do Verona da Itália.
No Verona, atuou durante a temporada de 1957-1958. Nesse período, num Verona 5x3 Sampdoria, o atacante brasileiro marcou 5 gols numa mesma partida. Recorde de gols numa mesma partida do Campeonato Italiano de Futebol - e que permanece até os dias atuais.
No meio do ano de 1958, transferiu-se para o Napoli, onde teve excelente passagem nas três temporadas em que atuou pelo clube. Vestiu a 10 no clube napolitano, número que viria a ser aposentado por Diego Armando Maradona.
Entre 1961 e 1962, atuou pelo Padova. Em novembro do mesmo ano, foi contratado pelo Milan, melhor time italiano à época, onde se sagrou campeão da Copa dos Campeões da Europa da temporada de 1962-1963.
Na temporada seguinte, jogou pelo Boca Juniors. E também atuou durante uma temporada pela equipe portenha.
De volta ao Brasil em 1964, assinou contrato com o São Paulo Futebol Clube. Permaneceu no clube durante duas temporadas, no período de 1964 e 1965, colecionou número como 53 jogos, com um total de 41 gols.
Aos 31 anos, no ano de 1965, tentou novamente jogar no time de Vila Belmiro, ficando pouco tempo no elenco santista.
Já veterano, teve breve passagem pelo Bangu. Encerrou a carreira no Atlético Paranaense, em 1970, onde atuou ao lado de outros craques consagrados como Djalma Santos e Bellini.
Não teve tanto êxito na carreira de treinador. Em 1984, treinou o Santos e ainda teve trabalhos no Botafogo/PB, Barretos, Internacional de Bebedouro, Internacional de Limeira e no Jabaquara.
Morreu no dia 7 outubro de 1995, aos 61 anos, em consequência de problemas intestinais decorrentes dos quatro tiros que levou em maio do mesmo ano, durante uma discussão com um ex-namorado de sua filha. Del Vecchio deixou três filhos: Victor Emmanuele, Maria Emmanuela e César Emmanuele.
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