- Arabic
- English
- Deutsch
- French
- Italian
- Español
- Català
- Português
- Nederlands
- 日本語 Japanese
- Polski
- Russian
- Svenska
- Ukrainian
- Türkçe
- Bahasa Indonesia
- Bahasa Melayu
- ไทย Thailand
- Filipino
- हिन्दी Hindi
- বাংলা Bengal
- اردو Urdu
- Tiếng Việt
- 한국어 Korean
- 粵語 Cantonese
- 繁體字 Taiwan
- 中文 Chinese
- 閩南語 Bân-lâm-gú
- Bulgarian
- Čeština
- Dansk
- Esperanto
- Euskara
- فارسی Persian
- עברית Hebrew
- Magyar
- Norsk Bokmål
- Română
- Srpski
- Srpskohrvatski
- Suomi
- Asturianu
- Bosanski
- Eesti
- Ελληνικά
- Simple English
- Galego
- Hrvatski
- Latviešu
- Lietuvių
- മലയാളം
- Македонски
- Norsk nynorsk
- Slovenčina
- Slovenščina
- Tamil
Sofia, depois de estar alguns segundos à escuta, tornou à sala, e foi sentar-se com grande rumor de saias, na otomana de cetim azul, compra de poucos dias. Rubião voltou-se, e deu com ela, abanando repreensivamente a cabeça. Antes que ele falasse, Sofia pôs o dedo na boca, pedindo-lhe silêncio; depois chamou-o com a mão; Rubião e obedeceu.
— Sente-se naquela cadeira, disse ela; e continuou, depois de o ver sentado: Tenho razão para zangar-me com o senhor; não o faço, porque sei que é bom, e estou que é sincero; arrependa-se do que me disse, e tudo lhe será perdoado.
Sofia bateu com o leque no lado direito do vestido para o abaixar e compor; depois levantou os braços sacudindo as pulseiras de vidro preto; finalmente, pousou-os sobre os joelhos e, abrindo e fechando as varetas do leque, aguardou a resposta. Ao contrário do que esperava, Rubião abanou a cabeça negativamente.
— Não tenho de que me arrepender, disse ele; e prefiro que me não perdoe. A senhora ficará cá dentro, quer queira, quer não; podia mentir, mas que é que rende a mentira? A senhora é que não tem sido sincera comigo, porque me tem enganado...
Sofia retesou o busto.
— ...Não se zangue; não desejo ofendê-la; mas, deixe-me dizer que a senhora é que me tem enganado e muito, e sem compaixão. Que ame a seu marido, vá; perdoava-lhe; mas que...
— Mas que? repetiu ela espantada.
Rubião meteu a mão no bolso, tirou a carta, e entregou-lha. Sofia, ao ler o nome de Carlos Maria, ficou sem pinga de sangue; ele viu-lhe a palidez. Dominando-se logo, perguntou o que era, que queria dizer essa carta.
— A letra é sua.
— É minha. Mas que diria eu aqui dentro? continuou tranqüila. Quem lhe deu isto?
Rubião quis referir o achado; mas entendeu ter alcançado o bastante; cortejou-a para sair.
— Perdão, disse ela, abra o senhor mesmo a carta.
— Não tenho mais nada que fazer aqui.
— Fique, abra a carta, aqui a tem; leia tudo, — dizia a moça pegando-lhe na manga; mas, Rubião puxou violentamente o braço, foi buscar o chapéu, e saiu. Sofia, com medo dos criados, deixou-se ficar na sala.