Campeonato Mundial de Atletismo de 2007 foi a edição bienal do esporte realizada em Osaka, no Japão, entre 24 de agosto e 2 de setembro de 2007, sob organização da Associação Internacional de Federações de Atletismo e da Associação Japonesa de Federações de Atletismo.
Pela primeira vez o número de nações participantes chegou a 200, a maior de todas as edições, com a participação de 1973 atletas. Foi a segunda vez que o Japão sediou o campeonato, dezesseis anos depois de Tóquio 1991. As competições foram disputadas no Estádio Nagai.
11° Campeonato Mundial de Atletismo 2007年世界陸上競技選手権大会 Osaka 2007 | ||
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Dados | ||
Sede | Osaka, Japão | |
Entidade responsável | IAAF | |
Primeira edição | Helsinque 1983 | |
Países participantes | 200 | |
Atletas | 1973 | |
Eventos | 47 | |
Abertura oficial | Imperador Akihito | |
Estádio principal | Estádio Nagai | |
Duração | 24 de agosto a 2 de setembro de 2007 | |
Site oficial | IAAF – Osaka 2007 | |
Depois de sua candidatura mal sucedida de sediar os Jogos Olímpicos de 2008, outorgados a Pequim durante a convenção do Comitê Olímpico Internacional em 2001, em Moscou, Osaka interessou-se por sediar o Campeonato Mundial de Atletismo de 2007. Um mês antes do anúncio oficial da escolha, as demais cidades postulantes, Budapeste e Berlim, retiraram sua candidatura, fazendo de Osaka a única concorrente, sendo anunciada como próxima sede em dezembro de 2002.
Disputado sob forte calor e umidade, com as temperaturas matinais acima de 30°C, o que causou a desistência de dúzias de atletas nas provas da maratona e da marcha atlética, esta edição não viu a quebra de nenhum recorde mundial e apenas dois novos recordes do campeonato foram estabelecidos. O Japão, país anfitrião, ganhou apenas uma medalha de bronze, no último dia, na maratona feminina. O fracasso da delegação japonesa na competição foi uma das causas da baixa assistência no estádio, junto com o calor e o preço dos ingressos; com um total de 47 mil lugares, o estádio tinha um terço de suas cadeiras vazias na noite da final dos 100 metros rasos, considerada a mais popular prova do atletismo. Os países lusófonos ganharam apenas duas medalhas e na mesma prova, o salto triplo masculino: Nélson Évora de Portugal ficou com o ouro e Jadel Gregório do Brasil com a prata.
A IAAF continuou a aumentar sua batalha contra o doping no atletismo e pela primeira mais de 1000 testes foram realizados. Antes do torneio, o ex-campeão olímpico e mundial norte-americano Edwin Moses havia demonstrado de público seu receio de que o doping se tornasse comum no atletismo e que todo atleta medalhista acabaria sendo descoberto como consumidor de substâncias proibidas. De todos os testes feitos, apenas um, de um barreirista francês, acusou altos níveis de testosterona, e sendo o teste de antes do campeonato e durante um período de treinamento, a Associação declarou o evento "livre de drogas".
As competições foram realizadas no estádio Nagai, assim como a largada e a chegada da maratona e da marcha atlética. Com capacidade para 47 mil espectadores sentados, ele foi inaugurado em 1964 – e modernizado para o campeonato em 2007 – e seu primeiro evento foi um jogo de futebol dos Jogos Olímpicos de Tóquio 1964. Utilizado através dos anos para vários meetings de atletismo, durante muitos anos foi ponto de partida e chegada da Maratona Feminina de Osaka, disputada anualmente e uma das mais tradicionais do circuito internacional.
Dois novos recordes do campeonato foram estabelecidos nesta edição.
Posição | País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
1 | Estados Unidos | 14 | 5 | 7 | 26 |
2 | Quênia | 5 | 3 | 5 | 13 |
3 | Rússia | 4 | 7 | 3 | 14 |
4 | Etiópia | 3 | 1 | 4 | |
5 | Alemanha | 2 | 3 | 2 | 7 |
6 | República Tcheca | 2 | 1 | 3 | |
7 | Austrália | 2 | 2 | ||
8 | Jamaica | 1 | 6 | 3 | 10 |
9 | Bahamas | 1 | 2 | 3 | |
Cuba | 1 | 2 | 3 | ||
11 | Grã-Bretanha | 1 | 1 | 4 | 6 |
12 | China | 1 | 1 | 2 | 4 |
13 | Bahrein | 1 | 1 | 2 | |
14 | Bielorrússia | 1 | 1 | ||
Croácia | 1 | 1 | |||
Equador | 1 | 1 | |||
Estônia | 1 | 1 | |||
Finlândia | 1 | 1 | |||
Nova Zelândia | 1 | 1 | |||
Panamá | 1 | 1 | |||
Portugal | 1 | 1 | |||
Suécia | 1 | 1 | |||
23 | Itália | 2 | 1 | 3 | |
24 | Canadá | 2 | 2 | ||
França | 2 | 2 | |||
Ucrânia | 2 | 2 | |||
27 | Espanha | 1 | 2 | 3 | |
28 | Eslovênia | 1 | 1 | 2 | |
29 | Brasil | 1 | 1 | ||
Marrocos | 1 | 1 | |||
Noruega | 1 | 1 | |||
Qatar | 1 | 1 | |||
República Dominicana | 1 | 1 | |||
34 | Polônia | 3 | 3 | ||
35 | Países Baixos | 2 | 2 | ||
36 | Bélgica | 1 | 1 | ||
Bulgária | 1 | 1 | |||
Cazaquistão | 1 | 1 | |||
Chipre | 1 | 1 | |||
Eslováquia | 1 | 1 | |||
Japão | 1 | 1 | |||
Romênia | 1 | 1 | |||
Sri Lanka | 1 | 1 | |||
Suíça | 1 | 1 | |||
Tunísia | 1 | 1 | |||
Uganda | 1 | 1 |
1 - A russa Chicherova e a italiana Di Martino empataram na altura máxima saltada e também no número de tentativas para saltar as distâncias inferiores. As duas ganharam a prata e nenhum bronze foi outorgado. Na época não havia desempate e só 3 medalhas eram outorgadas.
2 - Originalmente a bielorrussa Nadzeya Ostapchuk ficou com a medalha de prata com 20,48 m. Em 2012, testes posteriores de suas amostras a desqualificaram, retiraram suas medalhas e a baniram do esporte.
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