A batalha de Mantineia, de 362 a.C., foi uma batalha ocorrida durante o período da hegemonia tebana, entre as forças de Tebas, comandadas por Epaminondas, e seus aliados, contra Esparta, Atenas e seus aliados.
Apesar da vitória tebana, a morte de Epaminondas, e a morte de Pelópidas, ocorrida um pouco depois, deixaram Tebas enfraquecida.
O conflito começou com uma guerra entre Tégea e Mantineia. Tégea chamou seus aliados de Tebas, enquanto Mantineia chamou Esparta e Atenas. Mantineia e seus aliados ficaram aterrorizados com o avanço das forças tebanas no Peloponeso, e concordaram que cada cidade-estado deveria ter o comando dos seus próprios territórios, algo que nem Atenas, nem Esparta, haviam concedido aos árcades até então.
Epaminondas marchou à frente das tropas beócias, junto de tropas da Eubeia e a cavalaria da Tessália; no Peloponeso, se uniram tropas da Messênia, de Argos e de outros aliados. Seus inimigos combinaram se juntar em Mantineia, onde eles previam que ocorreria o primeiro ataque.
Enquanto isto, Epaminondas, prevendo que Esparta estaria sem defesas, saiu do acampamento em Nemeia e marchou à noite, para surpreender Esparta. Agesilau soube deste plano, e enviou uma mensagem aos espartanos, e este ataque-surpresa foi frustrado.
Em seguida, Epaminondas tentou surpreender Mantineia, desprotegida após a partida dos espartanos comandados por Agesilau para defender Esparta, porém os atenienses haviam enviado seis mil soldados, que chegaram na cidade um dia antes de Epaminondas.
Epaminondas, desejando recuperar sua reputação após ter sido frustrado duas vezes, considerando que seu comando estava prestes a expirar, e que ele seria acusado caso não fizesse nada pelos aliados de Tebas, ordenou suas tropas que se preparassem para a batalha, que ocorreria próxima de Mantineia.
Os tebanos e seus aliados tinham superioridade numérica, e, no dia da batalha, Epaminondas fez suas tropas exercerem marchas e contra-marchas, até que elas estivessem na melhor ordem. A ala esquerda dos tebanos estava oposta à falange lacedemônia, e foram estas tropas que iniciaram a batalha.
Os tebanos e lacedemônios lutaram com fúria, dispostos antes a morrer do que ceder ao adversário. Os tebanos prevaleceram, por causa da sua bravura, seguindo o exemplo de Epaminondas, que feriu o general dos lacedemônios com sua lança, se expôs ao inimigo e recebeu vários ferimentos, um deles mortal.
Epaminondas foi retirado do campo de batalha, mas os tebanos continuaram lutando, até fazer o inimigo debandar. Epaminondas, assim que se recuperou, perguntou aos amigos onde estava seu escudo, e, quando este foi trazido, ele o beijou. Em seguida, ele perguntou sobre a batalha, e, ao saber que eles haviam vencido, disse que tudo estava bem. Quando seus amigos lamentaram sua morte inevitável, e que ele não havia deixado filhos, ele disse que tinha deixado duas filhas, a vitória em Leuctra e agora esta em Mantineia, para perpetuar sua memória. Assim que ele tirou do corpo a lança que o havia ferido mortalmente, ele morreu.
O poder de Tebas morreu junto de Epaminondas que, segundo Cícero, foi o homem mais ilustre que a Grécia produziu. Segundo Justino, uma lança não serve mais para ferir quando sua ponta está quebrada, o que aconteceu com Tebas após a morte de Epaminondas.
Segundo Xenofonte e Plutarco, os dois lados reivindicaram a vitória; o argumento dos atenienses foi que eles haviam derrotado a ala direita dos tebanos e a posto em fuga. Os espartanos, porém, depois de algum tempo pediram permissão para enterrar seus mortos, o que indica que a vitória foi tebana. Estes, sem ter o que comemorar após a morte de Epaminondas, não celebraram esta vitória.
Após a batalha, todos os lados, cansados da guerra, concordaram em uma paz geral, porém os espartanos recusaram, pelo fato de os messênios estarem incluídas no acordo.
A morte de Epaminondas foi fatal para toda a Grécia, pois depois dela os tebanos deixaram de ser vistos como formidáveis, caíram na luxúria e preguiça, se dedicando a shows, esportes e festivais. Isto encorajou o Reino da Macedônia, uma nação até então bárbara e obscura, a acabar com a liberdade da Grécia.
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