A Asociación Atlética Argentinos Juniors é um centenário clube desportivo argentino, sediado no bairro da La Paternal da cidade de Buenos Aires, e conhecido pela sua equipe de futebol.
Fundado em 1904, foi reconhecido pela FIFA como uma das equipes mais importantes do futebol sulamericano. O maior logro do clube foi a conquista da Copa Libertadores da América em sua primeira participação, no ano de 1985. O clube é reconhecido mundialmente pela qualidade das suas divisões inferiores, que ascenderam alguns dos melhores jogadores argentinos da história, sendo Diego Maradona o principal exemplo.
Nome | Asociación Atlética Argentinos Juniors | |||
Alcunhas | Bicho Colorado (Bicho Vermelho) El Tifón de Boyacá (O Tufão da Boyacá) Semillero del Mundo (Sementeira do Mundo) El Bicho de La Paternal (O Bicho de La Paternal) Argentinos | |||
Principal rival | All Boys Huracán Platense Atlanta | |||
Fundação | 15 de agosto de 1904 (119 anos) | |||
Estádio | Diego Armando Maradona | |||
Capacidade | 25.500 pessoas | |||
Localização | La Paternal, Buenos Aires, Argentina | |||
Presidente | Cristian Malaspina | |||
Treinador(a) | Pablo Guede | |||
Patrocinador(a) | BETesporte | |||
Material (d)esportivo | Umbro | |||
Competição | Campeonato Argentino Copa Argentina Copa Libertadores | |||
Website | www | |||
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Seu uniforme é composto de camisa vermelha com uma faixa diagonal branca, calção vermelho e meias vermelhas.
O Argentinos Juniors surgiu no início do Século XX, com a criação do "Mártires de Chicago", time formado por um grupo de jovens anarquistas da Villa Crespo (um bairro de Buenos Aires). O Mártires de Chicago foi criado no dia 1 de maio (Dia do Trabalhador) e seu nome é uma homenagem aos trabalhadores mortos em um protesto ocorrido nesta data, na cidade de Chicago.
No dia 14 de agosto de 1904, o Mártires de Chicago disputou uma partida amistosa contra "Sol de la Victoria", equipe do mesmo bairro, vencendo pelo placar de 3 a 1. Os jogadores do Mártires convidam então os adversários derrotados para a fundação de uma nova agremiação, a qual se deu no dia seguinte. O clube recém-criado recebe o nome de Asociación Atlética y Futbolística Argentinos Unidos de Villa Crespo, recebendo a cor vermelha pelo fato de seus fundadores serem simpatizantes do Partido Socialista argentino. O primeiro presidente do Argentinos Juniors foi Leandro Ravera Bianchi, escolhido de forma unânime.
Em 1905, filia-se à Liga Central de Foot-Ball, entidade que reunia clubes de Villa Crespo e de empresas comerciais. A primeira partida oficial do Argentinos Juniors foi catastrófica: derrota para o Club La Prensa pelo placar de 12 a 1. Apesar da péssima estreia, o clube torna-se campeão da competição organizada pela Liga Central.
Em 1906, o Argentinos Juniors abandonou o seu estádio, que ficava entre as avenidas Añasco e Gaona, e mudou-se para um terreno emprestado na Villa Ballester. Porém, o clube ficou apenas um ano na nova localização, retornando à Villa Crespo em 1907, desta vez em um descampado entre as ruas Parral e Luis Viale. Em 1909, o Argentinos Jrs. passou a integrar a "Argentine Football Association" (futura Asociación del Fútbol Argentino - AFA).
No ano de 1912, o Argentinos Juniors foi convidado a participar da Primeira Divisão Nacional. Porém, seus dirigentes recusaram o convite, acreditando ser melhor que a vaga para a elite fosse obtida dentro de campo, o que quase aconteceu em 1920, quando o clube disputou as finais do acesso com o El Porvenir, empatando o primeiro confronto por 1 a 1 e perdendo o segundo por 2 a 1.
No ano de 1937, após passar por graves crises financeiras, o Argentinos Juniors foi rebaixado para a Segunda Divisão juntamente com o Quilmes. Além disso, o clube foi desalojado de seu estádio pelo atraso no pagamento do aluguel do terreno. O Argentinos se viu obrigado a mandar jogos em estádios de outros clubes, como Sportivo Palermo e Ferro Carril Oeste.
Para evitar o fechamento do clube, cerca de cem sócios do Argentinos em 1939 convocaram eleições. O tesoureiro Inocente García propôs que seu primo, Gastón García, fosse nomeado presidente. Além de não ser sócio do clube, Gastón Garcia pouco conhecia sobre futebol e sequer estava na Argentina, na época. Porém, aceitou o desafio e, pagando do seu próprio bolso, alugou um prédio situado entre as ruas Médanos e Boyacá. Imediatamente quitou as dívidas do clube, pendentes com o Ferrocarril del Pacifico, e iniciou a construção de um modesto estádio no terreno alugado. A inauguração do novo estádio ocorreu em 27 de abril de 1940, data inicial do Campeonato Argentino da Segunda Divisão, contra o Barracas Central. Vitória do Argentinos Juniors em sua nova casa por 2 a 1, com gols de Turello e Malfatti.
A década de 1970 marcou a fase de crescimento desportivo e institucional do Argentinos Juniors. Após conquistar um torneio curto entre os melhores classificados do acesso (além de Argentinos, All Boys, Dock Sud, Alvear e San Fernando), finalmente é promovido à Primeira Divisão novamente.
No início da década de 1980, o Argentinos Juniors, conhecido na época como um clube que desenvolvia um belo trabalha nas categorias de base, revelou um dos maiores craques do futebol mundial, Diego Maradona. Tanto é, que o estádio do Argentinos, foi batizado com o mesmo nome do craque argentino.
Com uma vitória por 2 a 1 sobre o Almagro, dia 28 de dezembro do mesmo ano, o Argentinos Juniors conquistou o Campeonato da Segunda Divisão argentina com o seguinte time: J. Pedroza; A. Díaz; e J.Zappa; A. Vernieres; J. Lijó e J. Agosti; A. Turello; J. Capdevila; E. Dosetti; J. Leonardi e J. Pisapia. Zappa marcou os gols do Argentinos. No entanto, a conquista não valeu o acesso à elite, pois, segundo a AFA, o clube não possuía um estádio em boas condições de jogo. O clube solicitou um prazo de seis meses para a realização das obras requeridas, porém o pedido foi negado.
Essa época foi muito boa para o clube, pois seus maiores títulos nacionais e internacionais foram ganhos nessa década, dando muita projeção ao Argentinos, que na época era considerado uma equipe pequena da cidade de Buenos Aires.
O Argentinos Juniors ganhou três títulos em nível nacional na Argentina ao longo de sua história, o Torneo Metropolitano de 198, Campeonato Argentino de 1985 e o Torneio Clausura de 2010, além de um vice-campeonato nacional em 1926. Em termos de títulos internacionais o clube tem grandes conquistas, como a Copa Libertadores da América de 1985. Disputou a final do Mundial Interclubes em Tóquio, no Japão, contra a Juventus; a partida acabou empatada em 2 a 2 e foi para os pênaltis, com a equipe italiana triunfando por 4 a 2. Em 1986, o Argentinos Juniors sagrou-se campeão da Copa Interamericana.
Os argentinos participaram do Grupo 1 ao lado do vizinho Ferro Carril Oeste, Fluminense e Vasco da Gama. Após igualdade de pontos entre as duas equipes argentinas, o Argentinos venceu por 3 a 1 em uma partida de desempate no Estádio José Amalfitani campo do Vélez Sársfield e passou para a próxima fase.
Nas semifinais o Argentinos caiu no grupo com o Independiente – atual campeão da América e do Mundial – e do Blooming da Bolívia. No entanto, os argentinos superaram essa fase invictos após uma definição infartante a dois minutos do fim, o Rubro-Negro teve um pênalti que Claudio Marangoni chutou e que Vidallé - como se estivesse preparando o terreno para o que viria a seguir conseguiu defender.
O América de Cali, campeão colombiano que na época era liderado pelo atacante Ricardo Gareca e tinha Julio César Falcioni como goleiro, era o rival a ser batido. O Argentinos começou a decisão com uma vitória apertada por 1 a 0 no Monumental de Núñez. Na volta, em Cali, os donos da casa fizeram o mesmo placar e deixaram tudo igual. A partida decisiva teve que ser disputada em campo neutro. E o local escolhido foi no Paraguai mas precisamente no estádio Defensores del Chaco.
Após 120 minutos exaustivos em Assunção, o terceiro jogo terminou empatado em 1 a 1, com gols de Nene Commisso e Flaco Gareca. Então começou a definição dramática por penalidades. Para os colombianos converteram Gareca, Cabañas, Herrera e Soto. Para o Argentinos converteram Olguín, Batista, Pavoni e Borghi.
O placar estava em 4-4 e era a vez de De Avila, que tinha entrado três minutos antes dos 90 regulamentares serem cumpridos. Mas o grande Quique Vidallé defendeu o chute e assim Panza Videla, que com sua habitual tranquilidade não falhou tornando o Argentinos Juniors em Campeão da Copa Libertadores da América.
Em 2010 o time conquistou o título do Torneio Clausura do Campeonato Argentino, quebrando um tabu de 25 anos sem títulos na primeira divisão. A conquista possibilitou o retorno da equipe portenha a Copa Libertadores da América.
Em 2011, no retorno a Libertadores, a equipe foi eliminada no último jogo da fase de grupos. O "bicho" disputava um jogo de Vida ou Morte contra o Fluminense, do Brasil. Quem vencesse, avançava às oitavas de final, quem perdesse, era eliminado. Ao apito final, o placar apontava 4 a 2 para o time brasileiro. Os argentinos, inconformados com a eliminação em casa, partiram pra cima dos jogadores do time tricolor e teve muita pancadaria, nem a Polícia conseguia agir direito. A briga só acabou quando os jogadores da equipe brasileira conseguiram fugir para o vestiário.
Na temporada 2013-14 do Campeonato Argentino, o time teve péssima média no "promedio" e foi rebaixado à Primera B Nacional (segunda divisão argentina), onde passou apenas uma temporada e retornou à elite em 2015. No retorno, a equipe conseguiu se segurar na primeira divisão. Porém, em 2016, o time foi punido mais uma vez no promedio e rebaixado outra vez.
Em 1925, o clube inaugura seu novo estádio, situado entre as avenidas San Martín e Punta Arenas, em um prédio alugado do Ferrocarril del Pacifico. Era um moderno estádio para a época, com capacidade para 10 mil espectadores. A inauguração ocorreu no dia 26 de julho, com vitória do Argentinos por 4 a 3 sobre o Huracán, em partida amistosa. No ano seguinte, o clube conquista o vice-campeonato da Asociación Argentina de Football.
Em 2003 o clube inaugurou um novo estádio, o Diego Armando Maradona.
Atualizado em 6 de novembro de 2022
de junho de 2022.
Goleiros | ||
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N.º | Jogador | |
1 | Leandro Finochietto | |
12 | Lucas Chaves | |
31 | Miguel Acosta |
Defensores | ||
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N.º | Jogador | Pos. |
2 | Miguel Torrén | Z |
6 | Matías Caruzzo | Z |
13 | Maximiliano Centurión | Z |
16 | Carlos Quintana | Z |
29 | Marco Di Cesare | Z |
4 | Kevin Mac Allister | LD |
15 | Jonathan Sandoval | LD |
22 | Lucas Villalba | LE |
24 | Elias Gómez | LE |
Meio-campistas | ||
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N.º | Jogador | Pos. |
5 | Franco Moyano | V |
8 | Iván Colman | M |
10 | Gabriel Florentín | M |
11 | Jonatan Gómez | M |
18 | Diego Sosa | M |
21 | Facundo Mater | M |
23 | Lucas Ambrogio | M |
25 | Mateo Coronel | M |
26 | Matías Romero | M |
32 | Matías Pisano | M |
45 | Gabriel Carabajal | M |
Atacantes | ||
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N.º | Jogador | |
7 | Javier Cabrera | |
9 | Gabriel Ávalos | |
14 | Daniel Saggiomo | |
19 | Juan Román Pucheta | |
27 | Gabriel Hauche | |
28 | Emanuel Herrera |
Comissão técnica | |
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Nome | Pos. |
Gabriel Milito | T |
A maior parte de sua torcida se concentra na região onde o clube se localiza, no Bairro do La Paternal e arredores. Os torcedores são conhecidos como "Bichitos Colorados", devido a camisa vermelha do time.
Apesar de serem considerados como uma torcida de bairro, são uma das mais fanáticas torcidas em toda a Argentina.
INTERCONTINENTAIS | |||
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Competição | Títulos | Temporadas | |
Copa Interamericana | 1 | 1985 | |
CONTINENTAIS | |||
Competição | Títulos | Temporadas | |
Copa Libertadores da América | 1 | 1985 | |
NACIONAIS | |||
Competição | Títulos | Temporadas | |
Campeonato Argentino | 3 | 1 (1984) Metropolitano 1 (1985) Nacional | |
Campeonato Argentino - 2ª Divisão | 4 | 1940, 1955, 1997 e 2016–17 | |
TOTAL: | 5 | 1 Intercontinental, 1 Continental e 3 Nacionais |
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Realiza o seu maior clássico com a equipe do All Boys. Também são rivais históricos o Atlanta e o Platense.
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